sábado, 18 de setembro de 2010

NORTE E NOROESTE - Realidades e estatísticas

Voltando a tema abordado em postagem anterior, enfatizo aqui a questão das regiões Norte e Noroeste Fluminense e suas peculiaridades. Há que se analisar, a respeito, uma série de pontos importantes, aspectos de carência e características que mereceriam especial atenção por parte de um parlamentar.
Antes de qualquer coisa, certamente se faz necessário um diagnóstico político, econômico e social.
Nessa linha de pensamento, chegamos às realidades das referidas regiões, lembrando que estão entre aquelas que possuem algumas das maiores concentrações de população rural e, simultaneamente, maior participação do setor agropecuário.
No caso específico da região Noroeste – que abrange os municípios de Aperibé, Bom Jesus de itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai –, a área de 5.374 km2 (12% da área total do estado) totaliza uma população de 307.092 habitantes, que, por sua vez, perfaz 2% da população total do estado, com densidade demográfica de 57 habitantes por quilômetro quadrado. Leia abaixo mais algumas estatísticas referentes ao Noroeste Fluminense:

A região Noroeste compreende os municípios de Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, São José de Ubá, Varre-Sai, Santo Antônio de Pádua. Os treze municípios ocupam uma área de 5.374 km² (12% da área total do estado) e possuem, conjuntamente, uma população de 307.092 habitantes (2% da população total do estado), com densidade demográfica de 57 habitantes por quilômetro quadrado.Comparando-se as informações sobre população do Censo IBGE 2000 (297.696 habitantes) e da Contagem da População-IBGE 2007 (307.092 habitantes), concluiu-se, com certificação de dados, que o crescimento populacional do Noroeste, no referido período, foi de apenas 3,2%. Seu crescimento foi 3,9 pontos percentuais menor que o crescimento médio do estado (7,1%). A taxa média anual de crescimento encontrada é de 0,456. Isso quer dizer que a população da região ainda cresce, mas cada vez com menor intensidade.O Noroeste Fluminense apresenta indícios de região com menos riquezas do Estado. Além de uma agro pecuária deficitária, o Noroeste vive de repasses dos governos federal e estadual, bem como de recursos da assistência social, a exemplo da aposentadoria rural. Existem, na região, 10.323 estabelecimentos agropecuários, ocupando uma área de 365.636 hectares. Desses, 7.273 estabelecimentos (70,5%) são ocupados com lavouras, em uma área de 37.549 hectares (10% da área total), perfazendo uma média de 5,2 hectares de lavoura por estabelecimento. Em termos de pecuária, 6.615 estabelecimentos (64%) têm como atividade a pecuária de grande e médio porte (gado bovino, bubalino, caprinos e ovinos) e 3.728 (36%) se ocupam com a criação de pequenos animais (suínos e aves).Os indicadores socioeconômicos continuam bastante preocupantes. Os coeficientes de mortalidade infantil (SIM/SINASC 2005) na região apresentam os seguintes resultados: 37,6/1000, no município de Cambuci; 18,7 em Miracema; 18,0, Itaocara; 17,5, em Italva; 17,2, em Varre-Sai; 16,0, em Porciúncula; 15,6, em Laje do Muriaé; 15,1, Itaperuna; 12,8, em Santo Antônio de Pádua; 9,6, em Natividade.Ou seja, dos treze municípios da região Norte Noroeste, nove (quatro da região Norte e cinco da região Noroeste) permanecem com os índices de mortalidade infantil superiores ao índice do Estado referente a 2005 (16,00/1000). Não foi registrado o coeficiente de mortalidade infantil, em 2005, para o município de Aperibé. Entre as causas das taxas de mortalidade infantil apresentadas pelas duas regiões predominam as doenças infecciosas, parasitárias e respiratórias ou a afecções originadas no período perinatal.Este é o diagnóstico da saúde no Noroeste.No tangente à habitação, a região apresenta problemas em relação às instalações sanitárias e ao destino indevido do lixo. São poucas as residências na área rural que possuem fossas sépticas (3,1%, IBGE-2000). Os esgotos vão direto para os riachos e rios, ou permanecem em valas a céu aberto, ocasionando problemas de pele, de verminose e outras doenças, especialmente em crianças. O lixo das propriedades em geral é queimado ou enterrado. Também é muito preocupante a quantidade de recipientes de agrotóxicos espalhada pelos estabelecimentos rurais, ocasionando contaminação da terra e da água, inclusive aquela água destinada a consumo humano. Em vários municípios, como São José de Ubá, por exemplo, estão sendo feitas campanhas para devolução dos recipientes de agrotóxico aos comerciantes. Quantoao setor da Educação, na região Noroeste11, em 2005, existiam 10.820 matrículas na pré-escola (81% pública e 19% privada), 44.226 matrículas no ensino fundamental (88% pública e 12% privada), 12.858 matrículas no ensino médio (90% pública e 10% privada) e 8.158 matrículas no ensino superior (8% pública e 92% privada). Ou seja, a situação da região Noroeste é similar à da região Norte. As matrículas efetuadas no ensino médio representam 29% daquelas realizadas no ensino fundamental. Já as matrículas no ensino superior, comparadas àquelas realizadas no ensino médio, correspondem a 63%, ou seja, 9% a menor que as apresentadas na região Norte. A população feminina do espaço rural apresenta taxa de alfabetização superior à dos homens.No Índice de Qualidade Municipal- 2005 (IQM-2005), nenhum dos municípios da região figura na lista dos 20 melhores.

Diante de todo esse panorama, só nos resta o desejo de uma participação mais efetiva nas alçadas de condução do Estado do Rio de Janeiro, a fim de trazer para o Noroeste condições realmente desejáveis de bem-estar e crescimento. Para isso, conto com o seu voto: para representar a nossa região com empenho, consciência, força e boa vontade.

2 comentários:

  1. Sou natural do município de Cambuci, no noroeste do Estado. E fico animada com a possibilidade de ver meu município bem representado na ALERJ! Precisamos mesmo de um político sério para simbolizar nossos interesses e nossas necessidades.

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  2. Bom conhecer esses números do Norte / Noroeste! Post muito útil e esclarecedor ao eleitor!

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